É só um sorinho… parece que nem vai doer…
A ocitocina é um hormônio produzido naturalmente e uma das funções no trabalho de parto são as contrações do útero durante o trabalho de parto e a liberação do leite materno. A tensão e adrenalina no meio do trabalho de parto inibe a ocitocina.
A ocitocina foi produzida artificialmente, como um auxiliador durante o trabalho de parto. Parece maravilhoso ter este hormônio tão essencial em uma ampola. O famoso “sorinho”. Nos casos apropriados a ocitocina pode ser de grande ajuda, mas indiscriminadamente o efeito pode ser doloroso e desnecessário.
A ocitocina funciona como motor no trabalho de parto, por variáveis situações a ocitocina natural podem ser liberada com deficiência, fazendo necessário a administração de doses baixas de ocitocina artificial para o motor engrenar. O bebê bem-posicionado na pelve também estimula ocitocina, favorecendo etapas subsequentes do trabalho de parto.
O uso indiscriminado da ocitocina artificial, aumenta a intensidade e potência das contrações uterinas, aumentando o risco de alterações na frequência cardíaca fetal e diminui oxigênio para o feto, durante o trabalho de parto. Há também o risco de hemorragia pós parto, as contrações iniciais quando utilizada a ocitocina artificial, o celebro não entende que precisa produzir ocitocina natural, logo o corpo não produzira o hormônio para saída da placenta. Ou seu excesso pode deixar o útero estressado impedindo sua contração levando a hemorragias.
O grande desafio é não atrapalhar nossos cérebros e corpos com o uso exagerado de tecnologia, respeitando a fisiologia da nossa espécie que funciona na grande maioria das vezes.